Bombeiros, digam a verdade...

Acho imensa piada a ALGUNS Bombeiros que rejeitam que os militares venham a combater incêndios, quando em Pedrogão Grande a capacidade de resposta da corporação de Bombeiros local, e corporações vizinhas, foi a vergonha que foi!

Há até ALGUNS que ironicamente dizem que "já agora só faltavam mais GNR, e também a PSP e CVP a apagar incêndios"! Estes pobres de espírito querem tudo para eles, mas a sua incapacidade de resposta muitas vidas tem aparentemente custado.

Quanto a mim, creio que, Militares, ou simples Bombeiros civis, o que é importante é que existam bombeiros em número suficiente e distribuição adequada, algo de que o país não dispõe. Neste contexto, e atendendo a que as associações de Bombeiros não asseguram a necessária capacidade de resposta, urge que a estrutura Governamental dote o país de Bombeiros profissionais, seja através do reforço de efetivos do GIPS da GNR, ou mesmo da formação e equipamento dos militares do Regimento de Ajuda Militar de Emergência (RAME), à semelhança dos seus congéneres espanhóis da Unidade Militar de Emergência (UME) . De um modo ou de outro, a proteção e socorro não pode ficar nas mãos de associações de direito privado que nada garantem aos cidadãos e que falham tanto quanto o próprio sistema de comunicações conhecido por SIRESP. Cinco bombeiros na primeira intervenção em Pedrogão Grande perante um estado de alerta Laranja, não é quanto mim uma falha, mas sim uma fraude, porque quando se trata de receber subsídios e apoios as associações de bombeiros "têm muitos bombeiros", mas quando se trata de trabalhar poucos aparecem em tempo útil.

Não se trata de ter algo contra os Bombeiros, que me merecem todo o respeito e consideração, mas sim de ter tudo contra a falta de capacidade de intervenção que ano após ano vai fazendo tragédias em muitas famílias, algumas das quais as dos próprios Bombeiros.

Esta é a hora de dizer basta de agradar a gregos e troianos, e fazer algo no sentido de maior segurança coletiva.

Digam a verdade, digam aos familiares daqueles que morreram que alguns não foram salvos por incapacidade numérica de Bombeiros para ocorrer a todas as ignições, e aproveitem para lhes explicar que ainda assim não querem mais gente a combater incêndios com receio que o brinquedo não chegue para todos.

Digo eu, que não percebo nada disto!